terça-feira, 1 de novembro de 2016

Deficientes botando a cara ao sol

Deficientes botando a cara ao sol.. adoro <3

A Mariana é uma youtuber que tá dando o que falar nas redes. Ela não tem o antebraço esquerdo e resolveu expor suas dificuldades porque percebeu que seu movimento poderia beneficiar pessoas deficientes que não vivem tão bem quanto ela, e ajudaria a expor a realidade da causa. “As pessoas não tem empatia pelo deficiente. Não se vê cadeirante fazendo novela, propaganda, teatro. Quando tem, é muito aquela coisa do capacitismo. Elas não têm a cabeça aberta para isso, e eu quero conscientizar essas pessoas”, afirma.

 O canal dela no youtube aqui. É muito legal, vale o clique ;)



terça-feira, 18 de outubro de 2016

Betty Faria

A atriz Betty Faria revelou em uma entrevista ao "Programa com Bial" que tem A.R. O relato dela sobre o sofrimento com as dores, com as cirurgias, as dificuldades para trabalhar, não são novidades para nós que sofremos dia após dia dessas mesmas queixas, mas é sempre muito bom que essas coisas apareçam na mídia porque ajuda a desmistificar a doença e quando isso acontece damos mais um passinho à frente para ajudar aqueles que ainda sofrem preconceitos com relação à doença.

Pra quem tem o GloboPlay dá pra ver a entrevista por esse link aqui.



sábado, 1 de outubro de 2016

1 ano

Hoje o blog faz um ano e quando comecei tudo isso; o blog, o tratamento alternativo, as buscas incessantes por conhecimento, auto-cura e afins eu não tinha a mínima ideia de tudo que me esperava, de tantas provas pelas quais eu passaria e nem se conseguiria manter esse espaço, o qual comecei mais pra me incentivar do que qualquer outra coisa.

Doze meses depois tenho tanta coisa pra dizer que não sei se consigo escrever. O início do blog foi o início do meu tratamento na Ayurveda, tratamento esse que eu mantive fiel por cerca de 9 meses, quando decidi seguir um novo caminho, por estar infeliz com o tratamento natural, mas ainda acompanhado de uma boa dose de corticóide. 

Nesta nova tentativa o medicamento precisava cair fora da minha vida de uma vez por todas e, ou eu teria coragem de passar pela desintoxicação ou esse novo tratamento não funcionaria. O que a médica me disse foi pesado e suficiente pra eu ter a certeza que devia encarar isso de uma vez por todas. Doeu. Doeu as juntas, doeu a alma, doeu meu ego, minhas conquistas e especialmente minha independência. Passei quase três meses dependente do meu marido em boa parte das minhas atividades diárias, entretanto aos poucos me corpo começou a se acostumar com a ausência do corticóide.  

Neste período eu parei o ballet, voltei devagar, voltei intensa, parei de novo e a mesma coisa com a prática da yoga, a diferença é que com a yoga eu mantive uma constância porque praticava em casa, pelo menos os ásanas mais suaves, que eu sentia que me ajudavam. A Ayurveda me ensinou muitas coisas e acrescentou outras muito importantes, como a meditação, que já fui melhor quando não tinha tantas dores e hoje ainda estou lutando para voltar a incorporá-la na minha rotina.

Passados quase 4 meses do novo tratamento, tive meu retorno no início dessa semana. A minha expectativa era de que eu estaria bem melhor e que o tratamento poderia ser aliviado, mas a resposta que tive foi que eu melhorei sim (não tanto quanto eu esperava) e que o tratamento deve permanecer o mesmo, firme e forte. Eu que já andava cansada de tomar chás e sucos o dia todo, controlar alimentação, aplicar emplastros de argila e afins, ao ouvir que isso deveria continuar igualzinho (com um pequeno acréscimo) me senti muito desanimada e abalada. O cansaço físico e emocional tomaram conta de mim e tive medo de não conseguir mais, comecei a questionar o por quê de tudo isso, me senti vítima, entre outras coisas. Entretanto depois de alguns dias percebi que eu só podia ser uma pessoa abençoada por ter acesso a um tratamento alternativo, que envolveu e envolve custos financeiros e pessoais, mas que no fim das contas só tem me acrescentado como ser humano. 

Escolher um caminho alternativo é pros fortes, não tenho modéstia pra dizer. Seria muito mais fácil me entupir de remédios que aliviam as consequências, mas não cessam a causa. Nos dias escuros já quis desistir, mas aí penso em tudo que percorri pra chegar até aqui e não quero/ não posso jogar tudo fora. 

Não sei em que parte estou desse caminho, sei que já convivo com essa doença há cerca de 9 anos e faz 1 que estou tentando ensinar pro meu corpo que ele pode se curar. Ainda dói, ainda é difícil, mas a cada dia avanço em pequenas grandes coisas e olhar pra trás e ver a minha melhora gradual é muito gratificante. 

Lendo agora pouco mais um livro sobre auto-cura vi um relato de um jovem cego que recuperou a visão através de exercícios que os médicos julgavam ineficazes e ele acredita que isso era por conta do trabalho que eles dão, da demora nos resultados, mas sem eles e sem a sua persistência ele estaria cego até hoje. São histórias como essa que me inspiram a continuar. 

Espero que nesse novo ano do blog eu tenha mais histórias inspiradoras pra contar do que dores para sentir e quero aproveitar para agradecer a todos que acompanharam o blog até aqui, a todos os amigos que me incentivaram diariamente, especialmente às amigas do ballet que entenderam, como ninguém, a minha luta e ao amor da minha vida que não desgrudou e nem descuidou um minuto de mim. <3 

Santa Teresa - Laguna
Foto: Marcos Freitas

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

#meucorpoéreal

Que o mundo da moda é altamente excludente não é novidade para ninguém. Modelos magérrimas à beira da anorexia ainda são o "padrão perfeito" para essa indústria, entretanto devagarinho devagarinho estão sendo questionados esses padrões, especialmente com relação ao peso fora do "padrão", mas e a moda pelo ponto de vista do deficiente? 

A verdade é que a indústria da moda aparentemente não está nem aí para os deficientes, por isso a ideia do mini-documentário #meucorpoéreal é tão interessante e importante. A partir dos bastidores de um ensaio fotográfico, o vídeo mostra os problemas e desejos que pessoas com deficiência enfrentam ao lidar com moda. 

Para quem tem dois braços, duas pernas e um "tronco tradicional" já é uma loucura achar uma roupa ideal, que te sirva, que seja confortável, bonita e com um preço ok, imagina pra quem não tem esse corpo padrão.

Vale o clique ;)



terça-feira, 20 de setembro de 2016

MUDRAS

Os Mudras são gestos simbólicos feitos com as mãos que podem nos conectar com energias específicas do Universo trazendo saúde plena. Os mudras têm sido utilizados há milênios no Oriente, especialmente por líderes religiosos e dizem que até Buda fazia uso da prática. Atualmente são muito utilizados em meditações e nas práticas yogues.

Foto retirada da Internet

Aprendi recentemente o "Surahi Mudra" e tenho praticado, como na foto abaixo ;) Esse mudra auxilia no alívio das dores da Artrite Reumatóide, além de melhorar a memória e aguçar o  intelecto. 

Foto: Marcos Freitas

E aí se animou? Bora praticar? Neste link têm mais dez mudras para você conhecer. Tem para aumento da imunidade, fortalecimento dos pulmões, redução da fadiga, dores de ouvido, aumento da cognição mental, entre muitos outros benefícios.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

#SURDOEHQUEMFALA

Toda pessoa que tem algum tipo de deficiência, seja ela leve ou grave, já passou ou passará por algum constrangimento na vida cotidiana. Tem gente que já surtou na fila preferencial porque disseram que ela não tinha o direito de estar ali, tem gente que não consegue assistir uma peça ou participar de um evento porque o local não é acessível (ouvi essas duas reclamações esta semana!) e tem gente que se quer é ouvida, mesmo que ela grite aos quatro ventos: ei olha pra mim, eu existo. Eu estou falando da deficiência auditiva.
Até hoje ainda ouço a expressão 'surdo-mudo' e esse é um dos maiores erros, na minha opinião, de nós ouvintes com relação ao deficiente auditivo. Surdez é uma coisa, mudez é outra totalmente diferente, isto é, é uma outra deficiência. Mas quanta paciência nós temos para entender o que um surdo está falando? Sabemos que um surdo pode 'ler' lábios, mas quando falamos com eles, falamos calmamente para que seja facilitado seu entendimento? Falamos olhando para ele? Essa e outras questões estão abordadas na campanha #surdoehquemfala "qualquer um é capaz de se comunicar com um surdo desde que queira. Toque nele gentilmente, fale claramente e repita se necessário".
A campanha pretende conscientizar os ouvintes sobre a problemática do deficiente auditivo e dar visibilidade a essa parcela tão especial da população. Por que tantos surdos estão desempregados mesmo tendo boa qualificação? Por que ainda existe tanto preconceito e tanta falta de informação? A campanha ainda sugere a todos que no dia 26 de Setembro, que é o ‘Dia do Deficiente Auditivo’ publiquemos um vídeo sem áudio com a legenda "Estou em silêncio pra vc escutar essa mensagem": #surdoehquemfala
Dois vídeos da campanha já estão nas redes e confesso que chorei assistindo, estão lindos e emocionantes. Veja aqui e aqui. São curtinhos!



terça-feira, 9 de agosto de 2016

MASSAGEM

Não vejo no Brasil, ou pelo menos em Sampa, o hábito das pessoas fazerem massagem. Eu sempre fui fã da prática e na minha viagem à Tailândia fazia quase todos os dias porque lá você encontra massagem em toda esquina, a qualquer hora e por um preço convidativo. É um traço muito forte da cultura tailandesa e fiz até um curso rápido de Thai Massage quando estive por lá. 

Infelizmente ainda não é um traço da cultura brasileira, mas são muitos os benefícios de fazermos massagem com frequência: reequilíbrio e manutenção da saúde física e emocional, traz progressivamente mais flexibilidade, mobilidade, conexão com a respiração e vitalidade para o corpo, alivia a dor, cura lesões esportivas, reduz o stress, relaxa, melhora a ansiedade e depressão, diminui a frequência cardíaca e a pressão arterial, hormônios de estresse e dor também tendem a diminuir com as massagens, reduzindo dor e melhorando a função imunológica. 

Esses são alguns dos benefícios em geral da massagem e cada tipo de massagem traz algum outro benefício a mais ou mais específico. Não tenho dúvidas de que massagem deveria ser um hábito regular para todo mundo, ainda mais para quem tem um problema de saúde, como a A.R. e sofre de dores constantes. Eu relatei aqui no início do blog as massagens que fiz no início do meu tratamento de Ayurveda que foram realizadas com a finalidade de desintoxicação, já fiz algumas massagens relaxantes com excelentes profissionais, como meu amigo Altamir Pheiffer que já me socorreu no meio da noite por causa de uma crise aguda de A.R. no ombro, a qual travou minhas costas e agora nesta fase muito dolorida estou fazendo massagem com a querida Gisele Petty que formou-se na técnica de "Yoga Massagem Ayurvédica -Método Kusum Modak", a técnica é uma combinação de massagem ayurvédica tradicional com manobras do yoga, uma técnica que tem função terapêutica, proporcionando bem estar, equilíbrio emocional e autoconhecimento.

Essas massagens têm sido fundamental neste meu processo todo em busca da cura e todas elas são excelentes para nossa melhora em geral. Recomendo a todos e em especial aos meus companheiros de A.R.

Nas fotos abaixo a Gisele em ação ;)












quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Baddha Konasana

Como no momento não estou conseguindo frequentar as aulas de yoga, estou fazendo o que posso/ consigo em casa. Essa postura é a Baddha Konasana adaptada, adaptada porque não juntamos os pés bem próximo à pelvis, mas deixamos uma distância de dois palmos. Essa distância faz com que o alongamento maior não seja na virilha, mas mais para trás próximo ao fêmur. Ela pega em um ponto que está bem dolorido pra mim nestes dias, a articulação do fêmur, mas é um alívio tão grande quando a faço! Dá aquela sensação de que está alongando sem forçar, recomendo. Foi a minha professora de yoga terapia Sabrina Schwab quem me ensinou e desde então tenho realizado esse ásana quase todos os dias.

Outros benefícios da postura:

  • Alivia a dor ciática e previne a hérnia.
  • Estimula órgãos abdominais, ovários e próstata, bexiga e rins;
  • Alonga a parte interna das coxas, virilha e joelhos;
  • Ajuda a aliviar a depressão leve, ansiedade e fadiga;
  • Alivia o desconforto menstrual;
  • Ajuda a aliviar os sintomas da menopausa;
  • Terapêutica para pés chatos, pressão alta, infertilidade e asma;
  • Benéfica para ajudar no parto;
  • Alívio da fadiga.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

QUEM VÊ CARA, NÃO VÊ ARTRITE

Há tempos eu reluto em escrever sobre esse tema porque na verdade o considero o mais importante de todos e um tanto quanto delicado e eu tinha (tenho) medo de não tratar da forma adequada, mas vamos lá, decidi que se preciso for, escrevo outro e mais outros.

Parece uma coisa tão boba, mas para quem sofre em silêncio com dores "que não sai na chapa", como diz uma colega de trabalho, essa é uma questão primordial na vida. Toda vez que leio blogs, páginas do face e afins sobre a doença e com relatos dos pacientes percebo como esse assunto sempre está em voga e como é difícil pro doente ter que lidar, além da doença  com a falta de compaixão das pessoas.

Esses dias uma amiga me viu com cara de dor e perguntou se eu estava gripada, eu respondi que era a artrite e ela na lata: ainda? É gente, ainda. Artrite é considerada uma doença sem cura, sabe, talvez você me veja daqui 10 anos e eu AINDA tenha artrite. Eu não respondi isso para ela, tive preguiça, mas costumo fazer isso várias vezes por semana e vou falar, é chato pra cacete ter que ficar explicando toda hora que você ainda tem a doença, que apesar de você parecer ótima você não vai conseguir ir naquele evento porque você está com dor ou que você ainda não consegue lavar a louça ou varrer a casa.

A questão é que quem vê cara não vê artrite e muitas vezes é difícil lidar com isso, você acorda toda torta, parecendo que todos os ossos do seu corpo estão quebrados, mas sua mãe já está implorando que você a ajude nas tarefas domésticas enquanto você ainda não sabe como vai conseguir escovar os dentes. Você fala pra sua amiga, poxa não vai rolar de ir na balada com você hoje porque atacou meu joelho e estou manca e ela te olha com aquela cara de "poxa que desculpinha, podia ter inventado uma melhor". Você sente dores horríveis no trabalho e começa a não dar conta de tudo e é demitida. Você tira uma fotinho legal numa viagem e seus amigos/ familiares comentam, ué, mas não estava doente? Esses relatos eu ouvi de pacientes com AR ou eu mesma passei por eles. Peguei esses relatos aqui também do grupo do EncontrAR no FaceBook.


"A perita disse...Vc esta bem....sua profissao é boa...Tem pedreiro com AR. Vc é jovem tem que trabalhar e pensar no seu futuro...Ela so olhou a parte exterior...Mas não imagina o que eu sinto por dentro?"

"mas tá complicado, ainda recebo uma visita que me fala assim nossa como vc ta feia ,nem penteia o cabelo ela não sabe que o cabelo é o de menos, que estou dependente do meu marido até para ir ao banheiro" 

"É difícil, mas o pior é ser criticado e não apoiado" :(


Ainda não sei lidar com o fato de ir dormir sem saber se no dia seguinte vou cumprir com minha agenda ou se vou conseguir passar a manteiga no pão e essa é uma característica bastante marcante na doença também, posso estar dançando hoje e amanhã ter dificuldades em andar e no outro dia estar tudo em ordem de novo. Já citei aqui algumas vezes de como esta doença nos ensina a viver um dia de cada vez, mesmo. 

Se você convive com alguém que tenha A.R. ou qualquer outra doença similar não duvide de quando a pessoa fala que está mal, que está com dor, ofereça ajuda, carinho, compaixão. Essas coisas nunca são demais e nem sempre uma cara boa quer dizer um corpo sem dor, sejam as dores físicas ou as emocionais e ninguém tem o direito de julgar a dor do outro, nunca.

Essa foto foi feita no meu 20º dia sem corticóide, tomei um anti-inflamatório antes de encontrar minhas amigas do BLA (Ballet Adulto Livre) para uma sessão de fotos. Duas horas antes eu estava na cama tentando levantar, doía os ombros, os joelhos, os punhos e quase todos os dedos da mão estavam inchados, eu fui porque queria me animar e a Milena querida conseguiu essa foto linda. Quem diz que essa bailarina da foto tem A.R.?



quinta-feira, 21 de julho de 2016

Tutu4love

Nestes últimos dias tem sido muito difícil fazer a yoga ou o ballet, isto porque ainda estou com muitas inflamações e coisas muito simples como um plié ou mesmo um balásana (a tal postura de criança que muitos brincam que é "mamão com açúcar" ou brincadeira de criança) se tornam complicadas, visto que meus joelhos estão extremamente doloridos. Entretanto mesmo perante essas dificuldades eu tento me aventurar um tiquinho fazendo o quê posso nas aulas de ballet e me soltando em casa com algumas posturas de yoga que meu corpo me permite e cada vez que consigo fazer alguma coisinha, me alegro e agradeço porque estou conseguindo algo e sei de tudo que me trouxe até aqui: as oportunidades de fazer aulas de ballet ao longo destes últimos 30 anos, na maioria das vezes ainda, gratuitamente, e com professores maravilhosos e hoje ter a consciência corporal suficiente para não me machucar e ainda, a oportunidade de conhecer a yoga  e poder hoje saber quais os ásanas podem me ajudar e como fazer as adaptações para que fique possível para mim, por exemplo.

Claro que nem todos têm essas oportunidades e meu sonho é que cada dia mais as pessoas possam fazer o que elas tiverem vontade e que não seja a distância, o tempo, nem  a falta de dinheiro que as impeçam. E quando o quê as impede de dançar não é nenhuma dessas coisas, mas sim, uma proibição de um governo religioso? É inaceitável que em pleno 2016 pessoas sejam proibidas de dançar, mas isso acontece. Essa matéria da #tutu4love está linda e triste, mostra a realidade da dança no Irã. Apesar da proibição é maravilhoso saber que há resistência e esperamos que esses guerreiros possam um dia dançar livremente pro mundo todo aplaudir de pé.

Enquanto isso não acontece, vamos agradecer cada oportunidade de dançar, de assistir um espetáculo, de praticar yoga, de sermos livres. E não deixem de ler a matéria da tutu que está muito boa.




domingo, 10 de julho de 2016

BOLETIM MÉDICO

Faz 3 semanas que tomei uma nova decisão com relação ao meu tratamento. Estava satisfeita com a minha rotina baseada nos princípios da Ayurveda, mas não satisfeita em continuar com o corticóide. Pode ser intuição, maluquice ou medo mesmo, mas o fato é que a ingestão diaria desse medicamento me incomoda demais da conta, eu sinto como se ele estivesse acabando com tudo de saudável que tenho dentro de mim. Bem, de cara com esses sentimentos todos, decidi me consultar com uma "médica natural", vamos chamar assim. Ela já havia sido indicada por vários amigos e por fim consegui um agendamento com ela, lá no sul do país, numa cidadezinha próxima à Floripa.
Entre tantas coisas importantes que ela me falou, uma que mexeria novamente com todo meu tratamento é o parar imediatamente com o corticóide. Segundo ela minha imunidade estava baixíssima demais podendo agravar outros problemas de saúde. O tratamento? Muitas ervas, argila e sucos que passo o dia todo ingerindo. A alimentação segue praticamente idêntica à que foi indicada na Ayurveda, resumidamente: nada de carne vermelha, tudo orgânico e passar longe de qualquer alimento industrializado.
Ela não me disse que seria fácil ficar sem o medicamento e não está sendo, nem um pouco, não vou ficar relatando aqui meus dramas porque não vai ajudar em nada, mas posso garantir que isso aqui é só para os fortes, e falo tanto de mim, como do meu marido que está nessa comigo, me apoiando em tudo e em mais um pouco. 
Estou sem o ballet, sem a yoga e até meditar está difícil nestes dias, mas foi a minha fé que me trouxe até aqui e ela que me levará adiante. Não sei até quando ou até onde vou aguentar, mas espero que seja até o ponto de atingir meu objetivo que é a cura, sim, eu não desisti dela.

 Foto: Marcos Freitas / Maio 2016



terça-feira, 28 de junho de 2016

O que é Artrite Reumatóide?

Enquanto não tenho boas notícias, segue aí um vídeo bem desenhado e explicadinho do que é a Artrite Reumatóide:




"Artrite Reumatoide, uma doença que acomete até 2% da população brasileira, tem como agravante a dor, dor crônica que a sociedade não acredita, pois as pessoas com AR, não tem "cara de doente". 
Este vídeo, idealizado pelo Movimento Despertar Brasil, explica o que é a AR e de que forma ela age no organismo. Uma boa explicação para as pessoas entenderem que AR é uma doença séria que requer cuidados e compreensão.

Compartilhe este vídeo e ajude a esclarecer a sociedade!"

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ontem comecei fazer aula de ballet com as meninas do BLA lá na Cia Ballet de Cegos. A história do BLA eu conto outro dia, mas hoje queria divulgar esse trabalho maravilhoso que é o da Associação Fernanda Bianchini Cia Ballet de Cegos (AFB). 

A AFB é projeto  que começou em 1995 com cerca de 10 alunas e hoje é referência mundial por seu valor artístico e inclusivo. Atende atualmente cerca de 200 alunos de várias idades, a maioria deficiente visual e sua principal missão é integrar socialmente deficientes visuais através do ballet. A AFB atende também pessoas com outras deficiências e já está na pauta a criação da Cia de Ballet para Cadeirantes. Além do ballet clássico, a Cia oferece também aulas de dança de salão, expressão corporal, dança flamenca, sapateado e danças inclusivas.

A Fernanda Bianchini desenvolveu um método próprio de ensino que tem ajudado e resgatado muita gente. Trabalho lindo que merece todo louvor. Fazendo a pesquisa pro post descobri que ela se formou na mesma escola que eu! Escola Municipal de Bailado de São Caetano do Sul. Fiquei ainda mais orgulhosa do trabalho dela :)




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Outro projeto que merece ser amplamente divulgado: Companhia Circo Dança: Suzie Bianchi

A Cia Circodança oferece aulas de circo, dança, yoga, musicoterapia e desenvolve um trabalho específico para pessoas com deficiência. A Cia tem hoje um grupo artístico profissional, com um elenco de 14 artistas, dos quais metade possui algum tipo de deficiência. A Cia também tem como missão promover a inclusão social e melhorar a qualidade de vida dos deficientes. Centenas de pessoas com deficiência das mais leves às de condições severas já passaram pela escola. No elenco  da Cia artistas com e sem deficiência interagem para criar um espetáculo que une elementos de dança, circo e teatro. 




Para saber mais: http://www.circodanca.com.br/

As duas Cias ficam em Sampa, a AFB na Vila Mariana e a Circo Dança no Campo Belo.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Eu estava em férias e fiz uma viagem incrível visitando amigos queridos em Berlim e Amsterdã. Eu estava um pouco receosa com a viagem, por conta A.R., como sempre. Fato é que eu ainda estava com muitas dores, desde a tal mudança do verão para o outono, e mais os receios de sempre: como ficarei depois de 12 horas de voo? Vai travar alguma coisa? Vou conseguir carregar a mala? Vou ter alguma crise que me imobilize? Poderei fazer todos os passeios e aventuras a que me propus? Enfim, questões que estão sempre à tona e numa viagem ficam mais evidentes.

São Paulo estava seca até não poder mais, o que agravava minhas dores e Berlim ao que consta estava na mesma situação. Passei os dias em Berlim com um pouco de dor sim, mas nada que atrapalhasse a minha alegria de rever a Giu, encontrar a Camis - que veio direto da Dinamarca pra nos ver - e conhecer essa cidade incrível! Eu já estava por conta das dores com 20mg de corticóide e precisei passar para 25 para aguentar, mas isso foi o suficiente para eu andar pra caramba (até o pé doer absurdamente) e até fazer uma aula de ballet na Motions Berlim, escola onde a Giu se acaba de dançar todos os dias. 

Depois de 4 dias de muita andança e muitos passeios embarcamos pra Amsterdã e qual foi minha surpresa ao chegar em lá e as dores desaparecerem! Isso mesmo, desaparecerem. Não tirei o corticóide porque não sou louca e nem poderia fazer isso de uma vez, mas diminuí até os 15mg (sempre vou diminuindo 5 ou 2,5 mg por alguns dias, essa é a recomendação médica) e não senti absolutamente nada nos 10 dias que fiquei ali. Bem, eu perguntei pro meu primo se Amsterdã era úmida logo que cheguei, porque estava encasquecada com essa coisa da secura/ umidade e a reposta dele foi: úmida? eu me sinto mofado de morar aqui! rs

Parece que a umidade realmente me fez/faz bem, quando estive por uma semana na praia em fevereiro aconteceu a mesma coisa. 

A chuva que cai lá fora aqui em Sampa me anima, como nunca ;)


Eu, a Giu e a Camis: alongamento antes da aula


As fotos estão ruins porque foram tiradas de longe a atrás de um vidro e as meninas também vão dizer que estão horrorosas e não é para publicar...rs mas é só um registro desse momento mágico que amamos tanto <3





segunda-feira, 18 de abril de 2016


Quando eu entrei nessa, a verdade é que eu não tinha a mínima ideia de que ia dar tanto trabalho. Mas posso dizer que essa trabalheira toda tem sido muito legal pra mim e está no mínimo, me fazendo crescer como ser humano. E agora ao invés de tomar um monte de comprimidos e ficar esperando eles fazerem efeito, uma boa parte deste novo tratamento é correr atrás da minha cura, me conhecer melhor, estudar, experimentar novas coisas, novos sabores, novas ideias e vamos que vamos porque isso aí é infinito.

Estou aqui com o livro Manual de Autocura de autoria de Meir Schneider; Maureen O. Larkin, e Dror Schneider, indicado e emprestado pela querida Françoise e o Ayurveda: The Science of Self-Healing do Vasant Lad, indicado pelo meu médico. Estou adorando os 2 e já tenho praticado alguns exercícios do Manual. Conhecimento nunca é demais ;)


sexta-feira, 15 de abril de 2016


Tem lema mais a ver com o blog do que este?  ;)
E já que hoje é sexta-feira e a semana foi agraciada com aula de ballet todos os dias, bora fechar com chave de ouro esse semana e balançar o esqueleto nesta sexta linda. Um Bowie pra nos inspirar <3

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Hoje acordei toda animada para ir pro Ballet porque as dores diminuíram bastante e senti que poderia encarar uma aula inteira de novo (e consegui!). Saindo da aula me deparo com uma matéria sobre uma bailarina que teve a perna amputada, mas continua dançando com a ajuda de uma prótese super especial. É inspiração direta na veia! 

"Eu estava bastante triste, era sofrido dançar, sentia muitas dores, mas dançava porque me fazia bem psicologicamente". E aí está ela arrasando nas pontas. 

Parabéns Melina :)



Aqui vocês podem ver a matéria completa com essa bailarina guerreira.
"Eu estav bastante triste

quarta-feira, 6 de abril de 2016

   Nos últimos dias as inflamações deram uma amenizada, reduzi as atividades em 90% e estou tratando de me cuidar. 
   Participei de um Kainapi (também conhecido como Tenda do Suor, Temascal e outros nomes), bem grosseiramente falando é algo que ajuda a desestressar, afastar as dores musculares e equilibrar corpo e mente. Posso dizer que foi excelente e cumpriu essas funções aí e outras mais. 
   Neste fim de semana também aprendi algumas técnicas naturais para o alívio das dores e uma delas que testei foi a argila misturada no chá de arnica (eu não tinha arnica e fiz com chá de gengibre), passei nos ombros e nos punhos e achei bem relaxante, deu um certo alívio sim. Pretendo usar mais vezes, apesar da bagunça que faz.
   Fui pro Ballet ontem, mas fiz apenas a barra, (a primeira parte da aula onde ficamos fazendo os exercícios segurando em uma barra, normalmente em frente ao espelho) porque não queria me esforçar além do devido e por isso também, hoje achei melhor voltar pro repouso e não ir à aula. Aproveitei para praticar alguns ásanas bem de boa e o Buda me acompanhou em alguns ;)





quarta-feira, 30 de março de 2016

Boletim Médico


Passei ontem em consulta porque as dores infelizmente pioraram nos últimos 15 dias e na segunda acordei com os ombros muito doloridos, como se estivesse com crise de bursite e várias juntas inflamadas. Para minha felicidade o médico não relacionou o aumento das dores com a volta do ballet, mas sim com a mudança da estação. Isso mesmo! Do alto da nossa vida moderna e urbana, fingimos que essas coisas não nos influenciam: mudanças de lua, de estação, mas sim, cada vez mais tenho a certeza de que tudo isso mexe com a gente de muitas formas e segundo a Ayurveda, a mudança do verão para o outono é a que mais agrava problemas inflamatórios, como o meu.

O doutor me passou uma nova medicação para ajudar nessa fase, além das já indicadas e me orientou paciência e maior descanso nessa fase, também me pediu para não fazer exercícios enquanto estiver com dores, porque mesmo que eu me sinta muito melhor quando os faço, logo depois piora, porque acabo forçando as articulações.

É isso, mais um dia convivendo com A.R. exercitando o "viver um dia de cada vez" e por ora, sem ballet, bike ou vinyasa. Foco na meditação e ásanas bem levinhos só para relaxar <3





sábado, 26 de março de 2016

Fui ver ontem "Antonia", da Morena Nascimento, daqueles espetáculos que mexem com a sua alma, com seus sentidos. Forte pra todos: bailarinos e público, se é que se pode dizer que alguém é público em Antonia... somos todos envolvidos e arrebatados para suas entranhas. 

Imperdível <3



ANTONIA. Último fim de semana da vida. Teatro Paulo Eiró, hoje às 21hs e amanhã às 19hs. Grátis. 

sexta-feira, 25 de março de 2016

Mandala Medicinal de Cura do Buda. 

Esta lindeza vai ser desmanchada daqui a pouco no Centro Cultural Tibetano em São Paulo. Estarei lá para trazer um pedacinho dela pra casa :)







terça-feira, 22 de março de 2016

Passaram- se quase 4 meses sem aulas de Ballet, mas este mês voltamos à ativa :)
Esse ano as aulas da Escola Municipal de Dança são 4 vezes por semana, o quê de inicío me aterrorizou um pouco, mas acabou se tornando um aliado do "você precisa ter rotina". Dessa forma, acordo, faço todos ritos da manhã, preparo minha refeição e parto pro ballet, mais rotina impossível Doutor! Às sextas que não tem aula de ballet, vou pra yoga, e no mesmo horário. Por ora estou meio maníaca da atividade física e fazendo yoga aos sábados e domingos também. Sabe que sinto que isto está diretamente ligado à sensação de aproveitar enquanto posso porque nunca se sabe como estarei amanhã.

Ai você pensa: ela está ótima! Ballet todos os dias! Uia! Infelizmente não é bem assim. Apesar de estar seguindo o tratamento da melhor forma possível, sendo mega disciplina e afins o tratamento não está surtindo o efeito que esperávamos, nem eu, nem médico estamos felizes quanto a isso. Desde a última consulta eu dei uma super piorada e a A.R. que antes andava pelo corpo deu uma boa parada nos ombros e em dois dedos da mão direita. No alto da minha ignorância eu acredito que isso não é bom porque já ouvi alguns relatos que na Ayurveda acredita-se que quando ela estabiliza é mais difícil de tratar, mas não quero andar pirando antes de passar novamente no médico, o que acontecerá semana que vem.

E assim encaro as aulas como posso, às vezes não consigo dar o meu melhor (ou dou o meu melhor pra aquele momento), às vezes não consigo fazer algum passo ou ásana e às vezes tomo outro comprimido de corticóide e assim, vida que segue.
Tem dias que é mais fácil, tem dias que é um saco e assim é a vida pra todo mundo, não é mesmo?




Fotinho de hoje de manhã com as queridas Verônica e Mariana (Bare) que já me acompanham há uns 5 anos neste mundo lindo do Ballet.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Dei uma abandonada no blog, mas não no tratamento, este continua de vento em polpa.

Eu sempre soube que 'tratamentos alternativos', especialmente os naturais, não são tão simples de seguir, embora eu não entrei nessa com medinho, eu me joguei de cabeça mesmo e acreditei, confesso que tenho passado por muitos questionamentos e medos ao longo dessa epopeia, e o maior deles com certeza é: e se não der certo? 

Esses dias meio chateada em ver que os avanços não estão lá da forma como eu gostaria, me fiz essa pergunta e a primeira coisa que me veio à mente foi: tem que dar certo e vai dar, não quero nem pensar nisso. Mas sendo mais racional fiz alguns levantamento de prós e contras e percebi que voltar pros metotrexatos, biológicos, etc. nem pensar! Minha saúde de forma geral está ótima, colesterol, pressão, diabetes, gordura e o caraleo à 4 estão sensacionais, nunca mais tive aquele monte de doenças causadas pela baixa imunidade (nem vou citar aqui porque pareceria "o pulso" do Titãs) e nem os efeitos colaterais daquelas drogas todas. Dito isto voltei para a opção 1: tem que dar certo. 

Minha última consulta ao médico resultou em seguir a dieta à risca e da melhor forma possível a rotina, por pelo menos um mês. Nos últimos meses segui tudo o que pude, mas com a ressalva de to com muita vontade vou comer. Já a rotina... se tem algo que eu tenho dificuldade nesta vida é ter rotina, sempre tive medo dela, mas não posso mais andar conforme o vento, como diz meu médico e segundo a ayurveda o meu desequilíbrio é de Vata e Vata é excesso de ar... vai vendo... melhor eu tentar me organizar.

Bem, saí de lá decidida a seguir a dieta custe o que custar por 30 dias (sem ressalvas) e tentar me adequar da melhor forma possível à uma rotina com todas as recomendações ayurvédicas possíveis (acordar e dormir cedo, massagem, yoga, meditação...). Estou no 17º dia e tenho tido dores, acordado com a típica rigidez matinal da A.R. e dois dedos bem inchados há dias, mas bora esperar os próximos dias e a nova consulta, antes disso nem pensar em desistir de qualquer coisa.



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Uma das lições mais certeiras da artrite reumatóide é que só se pode viver um dia de cada vez. Mesmo. 

Ontem eu fui pra uma aula de yoga vinyasa maravilhosa, me senti super desafiada, fiz posturas que nunca tinha feito, me enrolei, me contorci, fiquei de ponta cabeça, foi uma delícia!

Hoje acordei com muitas dores, os dedos das mãos muito inchados e mal consegui trabalhar direito. 

Mas é isso, um dia de cada vez. Foco no presente. E serve pra todo mundo, saudável ou não ;)





P.S. O inchaço das mãos não tem absolutamente nada a ver com os esforços de ontem, é só a pura e chata AR mesmo.