segunda-feira, 27 de março de 2017

Rapadura, BLA e motivação

Foram tantas emoções neste final de semana que ainda não consigo falar sobre elas, mas por ora queria compartilhar isso aqui. Eis que você chega no camarim e tem bombons, frutas e essa rapadura com esse recadinho mais que especial:

 "Nossa bailarina mais forte! Exemplo de garra e determinação! Que o amor pela dança continue sempre te ajudando a superar seus limites! Parabéns e divirta-se"

A história da rapadura é uma piada interna, mas basicamente temos uma bailarina linda e cheia de energia que fala que a rapadura é o seu segredo, então pronto, no sábado tivemos várias bailarinas lindas e cheias de energia brilhando no palco do Teatro Gamaro. 

Foi muito amor do começo ao fim <3 

quinta-feira, 23 de março de 2017

La Esmeralda

Sábado agora eu volto a me apresentar (ou volto aos palcos, que é mais chic) depois de exatos três anos. Muitas coisas aconteceram de lá pra cá e com certeza o agravamento da A.R. foi o que mais causou mudanças. Logo depois da apresentação de 2014 eu parei o ballet e comecei a yoga e um bom tempo depois eu consegui unir minhas duas paixões.

Dom Quixote em 2014 no Teatro Gazeta

Em junho do ano passado eu comecei uma nova fase no tratamento da artrite, uma fase, como já contei por aqui bem difícil, dolorosa e totalmente baseada na "medicina alternativa" e mais ou menos pelos mesmos dias eu me comprometi a dançar com o BLA (Ballet Livre Adulto) no seu primeiro espetáculo. A verdade é que eu não tinha a mínima ideia do que me esperava pela frente.

Quando começaram os ensaios a pessoinha aqui mal estava conseguindo andar, eu tinha dificuldades pra levantar da cadeira ou do sofá e as dores eram constantes. Lembro que nos primeiros ensaios eu só "marcava" e fazia uma pequena parte da aula apenas. Minha perna direita não chegava aos 45 graus, um grand-plié era impensável e eu não subia na meia ponta, fazia de retirés à pirueta com o pé inteiro no chão e boa parte da aula eu ficava com a mão na cintura porque tinha dificuldades em mexer os braços. 

Com tudo isso é óbvio que me questionei muitas vezes se eu realmente teria condições de dançar, mas eu sempre pensava que março estava beeeeeeeem longe e até lá estaria tudo ok. Mas eis que março começou a ficar próximo e um certo pânico começou a aparecer. Mas junto com o pânico também começaram a aparecer evoluções... o grand-plié começou a sair, a perna começou a subir e cada aula/ ensaio era uma vitória, um avanço, uma possibilidade.

Esse processo todo me ajudou a entender o quê é o "ballet adulto" - dançar pra ser feliz, sem cobranças, sem ser perfeito, mas com muito amor por essa arte linda. Entendi também a dádiva que é poder dançar com as minhas amigas, pela primeira vez na vida estou em um grupo onde só tem gente linda (no seu mais profundo significado) e onde boa parte do grupo já era de amigos queridos; isso além de ser muito legal foi primordial para que eu continuasse, para que eu tivesse forças pra prosseguir e sem o empurrão dessa galera teria sido muito difícil chegar até aqui. 
Aproveito esse espaço pra falar em como a minha querida amiga e professora Márcia Ylâna foi fundamental na minha vida nesse momento, não só me apoiando emocionalmente, mas me auxiliando nos pequenos detalhes e até em mudanças de coreografias para que eu me sentisse mais segura e forte pra dançar.

Só de escrever isso aqui já estou com vontade de chorar, imagina a emoção quando no sábado às 20h30 eu subir naquele palco do Teatro Gamaro. Foi muita força de vontade, muito choro e o presente pelo esforço não poderia ser melhor: subir naquele palco e dançar, dançar como nunca dancei antes, com meu corpo, com a minha alma, com esse misto de suor e lágrimas que faz tudo ter sentido.


Dias 25 de março e 08 de abril no Teatro Gamaro
Ingressos: https://www.eventbrite.com.br/



terça-feira, 21 de março de 2017

Patrick Stewart; Artrite e Maconha Medicinal



"Patrick Stewart, ator que se tornou conhecido por dar vida ao professou Charles Xavier nos filmes de ‘X-Men’ publicou um comunicado em que apoia a primeira iniciativa do Reino Unido para explorar o benefício de remédios baseados na erva cannabis, liderada pela Oxford University.

Stewart revelou ainda que, há dois anos, vem fazendo uso diário de maconha para ajudar no tratamento de uma artrite severa.

"Dois anos atrás, em Los Angeles, eu fui examinado por um médico e ele me deu uma receita que dava permissão para a compra, em lojas registradas, de produtos baseados na erva cannabis, com o aviso de que aquilo poderia me ajudar com a artrite que eu tenho nas minhas duas mãos", disse o britânico na nota.

"Isso, ao que parece, é uma doença genética. Minha mãe tinha mãos severamente distorcidas e muitas dores. Eu comprei um creme, um spray e produtos comestíveis a base de cannabis", relatou. "O creme, por mais que tenha me dado um alívio para o desconforto, era muito engordurado para eu usar durante o dia, então eu usava apenas à noite. Ajuda-me com a dor e facilita o sono". Fonte: OGlobo

Infelizmente ainda há muita ignorância com relação aos usos medicinais da Cannabis e nos comentários da notícia li muitos absurdos clássicos, como maconha é droga não consumam, vcs vão ficar viciados, vão ter doenças mentais, etc. 



Só espero que a luz da ciência ilumine todos, inclusive aqueles que tem o poder de liberarem essa medicação no Brasil, para que aqueles que precisem, que sofrem dia e noite com dores possam fazer uso de mais esse apoio. Acredito no poder das ervas, acredito no poder natureza e sei por experiência própria que os medicamentos naturais possuem absurdamente menos efeitos colaterais que os tradicionais alopáticos.

Essa matéria da Super Interessante explica bem esse dilema todo:
http://super.abril.com.br/saude/quando-a-maconha-cura/

Nesta imagem, algumas formas de utilização da maconha medicinal:


segunda-feira, 6 de março de 2017

Posturas de yoga que aliviam os sintomas da Artrite

Utthita Parsvakonasana – alongamento lateral estendido

Muitas posturas de yoga ajudam no alívio das dores da artrite e eu tenho tentado praticá-las o máximo que posso. Utthita Parsvakonasana ou Ângulo Lateral estendido é uma delas. 

Esse ásana além de aliviar as dores da AR, ainda abre e fortalece ombros, quadris e tronco, alivia a constipação,
 aumenta a capacidade pulmonar e a energia; fortalece as costas e as pernas; reduz a gordura ao redor da cintura; ajuda a alinhar a coluna; alonga as virilhas, tonifica o coração e alivia a dor ciática. Caso tenha algum problema no pescoço, não vire a cabeça para olhar para o braço superior, olhe apenas para a frente ou para o chão.

Aí estou eu no Parque Bacacheri em Curitiba, fui dar uma fugidinha do carnaval e matar a saudade do maridão que está trabalhando por lá ;)